quinta-feira, outubro 27, 2005

"O Terrorismo é um espectáculo"

A manipulação do terrorismo através dos media é uma realidade. Quem o diz é Christine Ockrent, conceituada jornalista francesa e membro da direcção da revista francesa L'Express, que ontem falou na conferência "Media e Terrorismo" na Gulbenkian, em Lisboa.
Christine Ockrent alerta para o perigo de os media serem usados como instrumentos do terrorismo, o que é hoje já uma realidade. Diz a jornalista que "a construção de um cenário" é considerado pelos terroristas, que a idealizam como se tratasse de uma "encenação". "O terrorismo contemporâneo está a adaptar-se às novas tecnologias. A televisão em directo é um grande instrumento para os terroristas. A televisão é imagens e o terrorismo é um espectáculo". Christine Ockrent relembra que já com as Brigadas Vermelhas em Itália os crimes eram quase sempre praticados à sexta e ao sábado, uma vez que a tiragem dos jornais seria maior no dia seguinte e os crimes teriam por isso maior visibilidade. Até os jornalistas se tornaram "instrumentos para os terroristas", usados como reféns em cenários criados propositadamente para obter visibilidade nos media.
Para além de serem um instrumento, Christine Ockrent diz que os media funcionam como uma espécie de "combustível" para o terrorismo, fruto do "fascínio" que são para a actividade criminosa em parte devido à "americanização" dos conteúdos que passam nas televisões.
O cenário não é totalmente negro e os meios de comunicação têm um papel importante como arma contra o terrorismo. "Os media dão publicidade mas quase nunca passam a imagem de propaganda que os terroristas querem", refere a jornalista francesa. Para que este papel por parte dos media seja uma realidade tem de existir uma "adaptação às novas tecnologias" e, por outro lado, "os media tradicionais devem provar a sua excelência actuando como condutores de valores e formas de comportamento".

terça-feira, outubro 25, 2005

eu

Dez palavras que me podem descvrever: organizado, vingativo, metódico, sensível, frio, atento, quente, distraído, emotivo, irónico. São dez como poderiam ser sete ou vinte e três. Estas ou outras. Estas e outras. Vejo-me assim e de outras formas. Às vezes não é assim que me vejo. Às vezes nem assim me vejo. Às vezes não me consigo decifrar. Se fosse claro era previsível e vulgar. Sou feito de mim e de outros. Vou-me fazendo e conhecendo, sabendo que não há fim neste processo. O fim será o fim biológico.

Não me conheço, mas ninguém me conhece melhor do que eu.

sábado, outubro 01, 2005

"uma outra história"

um álbum amarelo

"Por trás de uma História aparente
há um enrendo de acasos e acidentes,
de verdades e sonhos,
em que cada música leva
a muitas outras músicas.
A nossa música faz-se de todas as músicas".

1.o que será (à flor da pele)
2.capitão romance
3.saudade
4.venus in furs
5.for what it's worth
6.paris, texas
7.baby
8.inquietação
9.procissão
10.call up