Terceira: Um Mundo (azul) à parte
A “ilha lilás” confunde-se com o azul que a rodeia. Subir à Serra de Santa Bárbara e olhar para o infinito dá-nos vontade de gritar: “Sou o rei do mundo”! Mas não o fazemos, para não perturbar o silêncio que nos preenche e envolve a ilha.
O título parte, assumidamente, de um ‘cliché’. Mas foi essa mesma a sensação quando chegámos. Pode não ser imediata. Se a visita for curta, de dois ou três dias, pode até dizer que contornou toda a ilha, mas não chega, com certeza, para ver tudo o que a Terceira tem para oferecer.
Conhecida como “a ilha lilás”, pelos lilases que dão cor à terra quando florescem, foi a terceira ilha dos Açores a ser descoberta e tem na sua capital, Angra do Heroísmo, a primeira cidade europeia do Atlântico. Esta cidade, ponto de partida para a descoberta da ilha, “a primeira cidade do novo mundo”, como lemos num folheto de informação turística sobre a região, tem uma área com cerca de seis quilómetros quadrados classificada pela Unesco como Património da Humanidade, desde 1983. A zona, no centro da cidade, integra o vulcão já extinto do Monte Brasil e uma parte do centro antigo de Angra.
Em Angra podemos desde logo revisitar a história da cidade, com monumentos e ruas que descrevem a sua memória. Desde o Castelo de São João Baptista, passando pelo Palácio dos Capitães Generais, pela Sé Catedral, pelo Solar da Nossa Senhora dos Remédios, até uma visita ao Jardim Público, há muito para visitar.Conhecida como “a ilha lilás”, pelos lilases que dão cor à terra quando florescem, foi a terceira ilha dos Açores a ser descoberta e tem na sua capital, Angra do Heroísmo, a primeira cidade europeia do Atlântico. Esta cidade, ponto de partida para a descoberta da ilha, “a primeira cidade do novo mundo”, como lemos num folheto de informação turística sobre a região, tem uma área com cerca de seis quilómetros quadrados classificada pela Unesco como Património da Humanidade, desde 1983. A zona, no centro da cidade, integra o vulcão já extinto do Monte Brasil e uma parte do centro antigo de Angra.
Até aqui, já podemos ter perdido, ou melhor, ganho várias horas ou dias, e podíamos continuar por ali. Mas seguimos. De Angra, vamos para oeste. Depois de passarmos por São Mateus da Calheta, onde podemos dar um mergulho na piscina oceânica, chegamos a Cinco Ribeiras, já na zona ocidental da ilha, à Gruta das Cinco Ribeiras. O acesso é feito directamente pela costa para uma gruta subaquática a partir da qual podem ser observadas mais de cem espécies, isto, é claro, com o fato de mergulho vestido.
Na descida regressamos à costa, passamos por Doze Ribeiras, perdemo-nos mais uma vez a olhar para o azul e retomamos caminho. “Baleia à vista!”. Não vimos nenhuma, mas devia ser assim que gritavam os homens na Vigia da Baleia, de onde se vê também uma paisagem fora do comum.