quinta-feira, janeiro 13, 2005

Ironia Informática : "a escola de comunicação"

(na Mediateca da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa)


São quinze horas e trinta e dois minutos. A sala está cheia, todos trabalham e os postos são poucos para tanta procura. Nada de novo. Todos os anos se repete…

(…) pausa. O Zé interrompeu o meu momento de profunda observação. Adivinhem? Não há cadeiras na sala. “Preciso de trabalhar” diz.

Pois é, continuando: chega a Janeiro, vêm aí as frequências, “dúzias” de trabalhos para entregar, não há computadores que cheguem e dos que há muitos não funcionam muito bem: de quando em vez lá se perde um trabalho, o costume, faz-se de novo, que remédio.

De trinta em trinta segundos entra alguém na sala, olha em redor, e lá vai de novo para trás. Cheio, não há vagas para trabalhar, temos pena mas nesta escola de comunicação só temos trinta computadores para mais de mil alunos. Quem tem o portátil lá se vai safando, eu próprio sou obrigado a trazê-lo às vezes (e tão levezinho que ele é…). Bem, já ter portátil é muito bom. È claro que o wireless não funciona com a minha placa de rede, era pedir de mais não é…

Quatro cabeças debruçadas em cima do mesmo ecrã: cotovelos sobre a mesa e cabeça sobre as mãos, desespero, estamos fartos de olhar para o monitor. Já ardem os olhos e o trabalho era para ontem.

Siga a saga dos trabalhos, dos exames e das frequências. Condições: safem-se! As soluções informáticas são estas. Há uns anos era tudo “à mão”, não se queixem. É a escola superior de comunicação social no seu melhor. “Viva a ESCS!”